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Nigéria Revoga Proibição do Bitcoin em Reconhecimento da Crescente Adoção

O Banco Central da Nigéria (CBN) anunciou a suspensão de sua proibição ao comércio de criptomoedas, que havia sido imposta em 2021. Essa mudança de política marca uma percepção crescente por parte do governo nigeriano de que banir o Bitcoin só aumenta sua adoção.
Anteriormente, em fevereiro de 2021, os bancos na Nigéria receberam instruções para encerrar contas de clientes que comprassem criptomoedas. A proibição foi justificada com argumentos superficiais, como alegações de uso do Bitcoin em atividades ilegais.
No entanto, a recente circular do CBN indica uma compreensão em crescimento da importância e potencial dos ativos digitais na economia atual.
Com essa reversão, os Provedores de Serviços de Ativos Virtuais (VASPs) agora podem operar com contas bancárias, sujeitos a certas condições. A Comissão de Valores Mobiliários da Nigéria supervisionará a regulamentação desses provedores, exigindo um depósito mínimo de 500 milhões de Nairas (cerca de US$ 550.000) para obter uma licença.
Nigeria's CBN has removed restrictions on cryptocurrency transactions. The original 2021 order banned banks from crypto-related transactions.
The latest circular, however, gives clear guidelines supporting crypto, but with stringent customer KYC and anti-money laundering checks. https://t.co/4YW4RKEKGP pic.twitter.com/XCRc7fjz9Y
— Abubakar (@IAtalkspace) December 22, 2023
Embora esse requisito possa representar um desafio para participantes menores do mercado, ele é um passo importante para legitimar e organizar o setor.
A decisão do CBN reflete a realidade de que a Nigéria, um país altamente populoso na África, viu uma ampla adoção de criptomoedas, especialmente entre sua população jovem e tecnicamente experiente. Mesmo após a proibição em 2021, os cidadãos nigerianos recorreram a métodos peer-to-peer para adquirir criptomoedas.
A proibição do Bitcoin e outras criptomoedas por governos, como os da Nigéria e China, destaca um fenômeno intrigante no mundo das moedas digitais. Ambos os países implementaram restrições significativas, porém viram um aumento nos volumes de negociação.
Agora, empresas de criptomoedas na Nigéria precisarão obter um número de verificação bancária (BVN) de cada diretor e proprietário de negócios de criptomoedas. Além disso, as empresas interessadas em emitir tokens na Nigéria deverão submeter um white paper à SEC e aguardar aprovação, o que pode levar até um mês.
Apesar dessas mudanças positivas, os bancos ainda estão proibidos de se envolver diretamente em atividades que incluam negociação, detenção ou transação de ativos digitais em suas próprias contas. Essa medida visa equilibrar inovação com estabilidade e segurança financeira.
A decisão do CBN representa um marco importante para a Nigéria, que continuou a adotar criptomoedas, apesar de políticas anteriores restritivas.
De acordo com a Chainalysis, o volume de transações de criptomoedas na Nigéria cresceu 9% entre julho de 2022 e junho de 2023, totalizando US$ 56,7 bilhões. Esse crescimento demonstra a resiliência e adaptação do mercado nigeriano às mudanças regulatórias.
Essa revogação da proibição reflete a natureza descentralizada das criptomoedas e a crescente demanda do público por esses ativos digitais, tornando as tentativas de proibição não apenas ineficazes, mas também contraproducentes. Isso indica que os governos podem precisar explorar estratégias regulatórias mais refinadas para lidar com o crescimento e a popularidade das criptomoedas.
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