Taxa de Hash do Bitcoin atinge nova máxima

A taxa de hash do Bitcoin, aquele indicador que mostra a força e a segurança da rede, atingiu um novo recorde: 791,62 milhões de TH/s, de acordo com os dados mais recentes do Ycharts. Isso representa um salto de quase 74% em relação ao ano passado, destacando como a segurança da rede está cada vez mais robusta.

Mas o que isso significa? Na prática, quanto maior a taxa de hash, mais difícil é para qualquer um tentar comprometer a rede. E isso não é tudo — nos últimos dias, o aumento foi significativo, com a métrica oscilando entre 574 e 742 milhões de TH/s antes de finalmente atingir essa nova marca.

Quem está por trás desse crescimento?

A maior parte desse avanço vem dos grandes mineradores listados em bolsas dos EUA. Empresas como Marathon Digital, CleanSpark e IREn têm aumentado sua fatia de poder de mineração, somando cerca de 29% da taxa de hash global. E por quê? Porque elas têm mais recursos para investir em equipamentos de ponta e resistir aos altos e baixos do mercado.

Dificuldade de mineração subindo e receita sob pressão

O aumento da taxa de hash também traz um lado menos favorável: a mineração de cada BTC está ficando mais cara. A dificuldade da rede — que ajusta automaticamente o quão difícil é encontrar novos blocos — está prestes a dar mais um salto, com uma previsão de aumento de 4,17% para 95,88 trilhões no próximo ajuste, previsto para 22 de outubro.

E como isso afeta a receita dos mineradores? Bem, mesmo com a dificuldade subindo, os ganhos diários dos mineradores estavam em cerca de US$ 38,38 milhões em 20 de outubro, uma leve queda em comparação ao dia anterior. Mas, em uma comparação anual, isso representa uma queda de 33,2% em relação ao mesmo período de 2023.

Com o halving já tendo reduzido as recompensas por bloco e a dificuldade aumentando, o mercado de mineração pode passar por uma nova fase de ajustes, com operações menores possivelmente sendo espremidas para fora do jogo.

BTC em alta, mas com cautela

Enquanto isso, o preço do Bitcoin também teve um movimento interessante, atingindo uma alta de três meses e chegando brevemente aos US$ 69.000 durante o fim de semana, apenas US$ 4.000 abaixo de um novo recorde histórico. Atualmente, a moeda está sendo negociada por volta de US$ 68.400, uma alta de 5,6% nos últimos sete dias.

Os próximos dias serão decisivos para ver se o Bitcoin consegue manter essa força, tanto na rede quanto no mercado. O cenário é de otimismo para os touros, mas os desafios para os mineradores mostram que nem tudo é tão simples. Quem disse que a vida de quem minera Bitcoin é fácil?