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O que esperar para o futuro do mercado cripto
As maiores mudanças para o próximo ciclo do mercado
Alguns pontos da vida só aprendemos de fato vivendo…
Não importa quantos vídeos iremos assistir, a quantidade de livros e gráficos.
Tem verdades que só chegam de fato quando doem.
Como aquela L1 hypada que você jurava que ia ser “a próxima Ethereum”.

Ou aquele token de infra sem produto, mas que “tava cedo demais pra ignorar”. Ou a sensação de que tudo vai subir, só porque já subiu antes.
A verdade? O mercado cripto mudou.
E o próximo ciclo não vai perdoar quem continuar jogando o jogo antigo.
Se você ainda acha que é só escolher um token qualquer, entrar antes da listagem na Binance e esperar o 10x vir…
Sinto dizer:
Você ainda tá preso em 2021.
Esse conteúdo é sobre como se preparar para o futuro do mercado, então, vamos nessa🖖👇

A era dos “fat protocols” ficou pra trás
Durante muito tempo, investir em cripto era quase sinônimo de escolher blockchains. Quanto mais promissora a L1 (Layer 1), maior o hype.
A tese era chamada de “fat protocol thesis”: a ideia de que as camadas de infraestrutura seriam as principais captadoras de valor em um ecossistema.

A lógica era simples e parecia fazer sentido:
“Se tudo roda em cima da blockchain, é a blockchain que deve valer mais.”
E por um tempo… podemos dizer que foi verdade. A Ethereum, Solana, Avalanche, Cosmos, Near, todas surfaram esse raciocínio por um tempo…
Mas algo mudou. E não foi só o preço.
O mercado começou a perceber uma coisa: a maioria das blockchains não tem diferencial técnico real.
Elas não são “melhores Ethereums”. São cópias com marketing. E, por isso, JAMAIS serão ethereum's killers, pelo menos não seguindo esse modelo.
Pior: os usuários não têm lealdade à infraestrutura. Eles vão onde está o app que resolve o problema deles.
A liquidez vai onde à experiência é melhor. E o capital flui onde há retorno, não onde há promessas.
Enquanto isso, começaram a surgir projetos construídos sobre essas L1s, especialmente DeFi, jogos, infra modular, e protocolos com Product Market Fit (PMF), que geram mais receita, atraem mais usuários e têm mais tração do que a própria chain onde rodam.
O “valor acumulado na base” parou de acontecer. E os tokens dessas blockchains, mesmo com narrativa, ficaram atrás em performance.
Um exemplo disso é a rede da Solana que gerou menos receita que o Jupiter (DEX que roda nela). E isso se repete em várias outras redes: o app entrega mais do que a base.
A tese de que “é só segurar o token da blockchain e surfar o ecossistema” não vai mais funcionar como antes.
Isso significa que L1 acabou?
Não.
Só chains especializadas, com proposta clara e utilidade real, vão continuar relevantes.
O resto?
Vai passar o ciclo inteiro sendo carregado por promessas de “virar tendência de novo”.
E, no final, não vão…
Tokens de L1 não serão os melhores desempenhos do ciclo
Durante os ciclos anteriores, investir em tokens de infraestrutura era o “caminho fácil” pra tentar surfar um bull market…

Bastava encontrar uma nova blockchain promissora, com marketing agressivo e promessas de throughput absurdo. A listagem vinha, o volume aumentava, e o token disparava.
Era quase uma receita de bolo…
Mas em 2024, o mercado mostrou que esse bolo… queimou.
A performance dos tokens de L1 ficou bem abaixo das expectativas, mesmo com o crescimento do mercado como um todo.
E o motivo é simples: o valor deixou de estar na infraestrutura genérica.
Enquanto os projetos construídos sobre essas redes, como exchanges descentralizadas, protocolos de staking líquido, redes sociais on-chain e apps de finanças reais, começaram a capturar cada vez mais valor.
O investidor está percebendo que, na prática, esses apps entregam mais resultado do que o token da base onde eles operam.
Além disso, a simetria de retorno mudou. No ciclo passado, comprar SOL a US$1 ou AVAX a US$3 era um investimento assimétrico. Hoje, com market caps bilionários e supply diluído, esperar um novo 100x em tokens de L1 consolidados é simplesmente irreal.

Isso quer dizer que os L1s vão desaparecer?
Não. Mas o papel deles está mudando.
O resto vai continuar no mercado... mas não como líderes de performance. Ou seja, quem focar só em infraestrutura, esperando o mesmo resultado de 2020, pode acabar perdendo tempo.
O fim dos VCs ruins — e a nova era da alocação inteligente de capital
No último ciclo, muitos fundos ganharam dinheiro investindo em promessas vazias. Colocavam grana em projetos sem produto, empurravam tokens com valuations absurdos e despejavam tudo no mercado assim que listava.

Funcionava porque o varejo comprava qualquer coisa. Mas isso acabou.
O mercado aprendeu e os VCs ruins começaram a quebrar… Tokens pós-TGE derreteram, projetos sem tração morreram no nascimento e a liquidez secou. Agora, só sobrevive quem realmente entende o que está financiando.
O novo ciclo vai exigir mais. Fundos vão precisar olhar para tração, produto, tokenomics sustentável e time técnico de verdade. O modelo do “investe cedo, despeja e sai” não se sustenta mais.
Isso é bom. Concorda?
Significa que projetos sérios finalmente terão mais espaço. E os que não entregarem valor real... não vão durar….
A entrada institucional vai mudar os ciclos para sempre
Com a chegada de ETFs, fundos tradicionais e empresas listadas colocando Bitcoin em caixa, o mercado cripto deixou de ser SOMENTE um clube de insiders e degen…
Isso tem consequência direta nos ciclos, pois eles não vão mais ser tão desconectados do macro.

Antes, o mercado cripto andava no próprio ritmo. Agora, ele começa a responder a decisões de política monetária, juros e liquidez global, como qualquer outro ativo de risco.
Isso pode significar menos explosões insanas… mas também menos crashes violentos.
Estar preparado pra um mercado mais estável, mais maduro e com fases de acumulação mais longas. O dinheiro institucional cobra resultado. E ele não tem paciência com promessas vazias.
Especulação vai continuar existindo. Mas agora ela precisa de base.
A especulação sempre fez parte de cripto. Foi assim com o Bitcoin em 2013, com os ICOs em 2017, com os NFTs em 2021… e vai ser assim no próximo ciclo também…
Mas tem uma diferença: o mercado está menos inocente.
Antes, bastava uma narrativa chamativa, como: “próxima L1”, “game revolucionário”, “token de IA” que o preço explodia, mesmo sem produto, sem usuário, sem nada… Sem literalmente NADA.
Hoje, isso ainda acontece… mas dura menos. O investidor aprendeu a olhar além do pitch bonito.
A hype não sustenta mais por si só. Ela até chama atenção, mas precisa vir com alguma entrega real: métrica subindo, time competente, produto em uso, plano de token claro.
O mercado ainda quer investir no que é novo. Mas agora cobra retorno mais rápido, mais transparente e mais justificado.
O próximo ciclo não será fácil e é exatamente por isso que ele vale a pena
O mercado cripto continua mudando.
E, com isso, também vão embora os VCs ruins, os tokens vazios e as narrativas sem entrega.
Vai continuar existindo especulação, sim. Mas o investidor vai exigir mais: mais produto, mais tração, mais clareza sobre como o token gera valor.
O que vem pela frente é um ciclo mais profissional, mais técnico, mais difícil… Mas também mais justo com quem estuda, observa e sabe onde está pisando.
As grandes oportunidades ainda vão existir, mas não vão ser óbvias. Tenha bastante cuidado com isso…
Não vão cair no colo de quem repete fórmula antiga.
Esse é o tipo de mercado que não perdoa quem insiste em jogar o jogo velho. Mas recompensa quem entende que o jogo evoluiu.
E se você leu até aqui, já tá jogando do lado certo.
Segura firme.
Estuda mais.
E bora pra próxima fase…
Não somos gurus financeiros! Use este artigo para se informar, mas lembre-se de que investir é arriscado e vale a pena fazer sua própria pesquisa.
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